No final de dezembro de 1999, a Europa testemunhou um dos mais devastadores desastres naturais de sua história recente. O ciclone Lothar, atingindo seu auge entre os dias 25 e 27 daquele mês, atravessou países como França, Bélgica, Luxemburgo e Alemanha, deixando um rastro de destruição sem precedentes.
Considerado o vendaval mais severo do século 20 na Europa, o ciclone Lothar foi responsável pela morte de 110 pessoas, sendo 88 vítimas apenas na França. Além do trágico número de vidas perdidas, o impacto econômico foi igualmente catastrófico. Os danos, avaliados em mais de 15 bilhões de euros, tornaram Lothar o vendaval mais dispendioso já registrado no continente.
Lothar não agiu sozinho. Ele foi o segundo de uma série de tempestades destrutivas que assolaram a Europa naquele mês de dezembro. Cerca de três semanas antes, o ciclone Anatol já havia causado estragos significativos na Dinamarca, bem como em partes da Suécia e da Alemanha.
A passagem de Lothar pela Europa Ocidental foi seguida, apenas um dia depois, por outro violento vendaval, o ciclone Martin. Este ciclone atingiu principalmente áreas ao sul da rota de Lothar, causando danos graves e mostrando que a região estava longe de uma recuperação tranquila.
A série de tempestades de 1999, com Lothar e Martin como figuras centrais, marcou um momento de reflexão e aprendizado para a Europa. A necessidade de sistemas de alerta mais eficazes e planos de contingência robustos para desastres naturais tornou-se evidente. Este período sombrio da história europeia permanece como um lembrete da força implacável da natureza e da importância da preparação e resiliência diante de desastres naturais.